11 de ago. de 2008

POR AQUI

Por aqui não sorriem de graça, logo estendem o chapéu, ou fazem tilintar as moedas que se encontram em suas canecas. Tudo é perto aqui, mesmo assim ninguém caminha tranqüilo, existe pressa, ou um estranho receio de que as distâncias aumentem se os passos não forem largos. Por aqui existem palavras, nascem frases, surgem conversas e inventam-se histórias, o mundano é fantástico. Os prédios crescem para os lados por aqui, as plantas para cima, e as pessoas para dentro, não canso de me perguntar se alguma dessas coisas chegará a ser grande um dia.

Por aqui o sol nasce no leste, lê-se da esquerda para a direita, as faixas de pedestres são brancas, e os pedestres também são brancos, enfim, tudo de acordo. Tudo que é velho, quando contado por um novo, é novidade por aqui. Há música por todo o lado aqui, e música de um lado só também, como uma invenção exclusiva! Discos sem um lado B. Por aqui, é possível ver o último dos montes mesmo sem olhar para cima. Aqui, o início e o fim são tão próximos que, o espaço existente entre eles, não pode ser determinado por nenhum forasteiro.

Dizem por aí que, por aqui, pouca coisa brilha e nada soa bem... Se prestassem bem atenção veriam que isso não é verdade. Há diamantes por aqui, um ou outro é verdade, mas há, também tem ouro de tolo, muito sem dúvida, mas tem. Por aqui, pelos cantos, se resmunga de uma forma que só é entendida por aqui - código inteligente - e no centro tentam explicar, para quem vem de fora dessa figura geométrica, o que foi dito nos cantos. Por aqui, muito se vê e sente-se muito, pouco se lê e entende-se pouco.

Um comentário:

Daiane Cristina disse...

só passando pra agradecer a visita...e dizer que lhe add nos meus favoritos pra sempre passa por aki tamb..adoro ler blogs...bj